27 agosto 2009
24 agosto 2009
23 agosto 2009
TERCEIRA EDIÇÃO DE "MEMÓRIAS DO ROCK PORTUGUÊS"
Informo todos os leitores deste blog que a terceira edição do livro "Memórias do Rock Português" se encontra à venda, UNICAMENTE, na loja CDGO.com /JoJós Music na Rua da Cedofeita, no Porto, ou no seu site na internet em www.cdgo.com
O número de exemplares disponíveis é limitado.
Não há mais nenhuma loja ou site da internet que tenha exemplares desta edição à venda. Nem sequer o seu autor possui qualquer exemplar do mesmo livro para venda.
A primeira edição e a segunda edição estão completamente esgotadas.
O número de exemplares disponíveis é limitado.
Não há mais nenhuma loja ou site da internet que tenha exemplares desta edição à venda. Nem sequer o seu autor possui qualquer exemplar do mesmo livro para venda.
A primeira edição e a segunda edição estão completamente esgotadas.
21 agosto 2009
16 agosto 2009
BIOGRAFIA BEATNICKS (CORRIGIDA)
Os Beatnicks, um dos grupos importantes do Pop/Rock nacional, passaram pelas décadas de 60, 70 e 80.
Com diferentes formações e diferentes estilos de música, os Beatnicks começaram em 1965 como um projecto incipiente.
A sua primeira formação incluía João Ribeiro e Manuel Paulo, que apenas efectuaram alguns espectáculos, sem grande capacidade de surpreender.
A segunda fase dos Beatnicks começa em 1971, com Ribeiro, Rui Pipas (precocemente falecido num acidente de viação), Mário Ceia (que, mais tarde pertenceria a uma formação dos Hosanna) e José Diogo.
O grupo elege o inglês como língua das suas canções. Tocam no Festival de Vilar de Mouros e em Vigo (Espanha). Gravam um EP que contém "Cristina Goes To Town" (tema incluído na colectânea editada em CD " Biografia do Pop/Rock"), que é complementado com " Little School Baby" e "Sing it Along". Nesta fase chamavam-se Beatniks.
Em 1972 editam o single “Money”, com o lado B a ser ocupado por “Back In Town”, na mesma linha Hard Rock.
Nesta fase, o grupo está próximo de uma corrente Hard Rock. Há quem diga que poderiam ser os Black Sabath portugueses.
Ramiro Martins (que tinha entrado no grupo algum tempo antes em substituição de Pipas) reforma o grupo (que esteve parado por problemas relacionados com o serviço militar), já depois do 25 de Abril. Entram Jorge Casanova, Tó Leal e uma jovem actriz, filha do futebolista José Águas. Esta última era Helena Águas (mais tarde conhecida por Lena D'Água). O grupo tinha 2 vocalistas e actuava, sobretudo, em Festas de Finalistas, com incidência no distrito de Castelo Branco.
A partir de 1976 a banda envereda por um estilo "progressivo", muito próximo de uns Yes, Genesis, ou, em Portugal, Tantra.
Jorge Casanova começa a compor temas como "Cosmonicação" ou "Somos o Mar" e os espectáculos do grupo incluem projecção de slides e fumos carbónicos, uma novidade total em Portugal, só vista no concerto que os Genesis deram em 1975, no Pavilhão de Cascais.
A banda actua em vários festivais ao lado de Tantra, Hosanna, Psico, Arte & Ofício e Waveband. Este último grupo constituído por músicos alemães que se radicam em Portugal, tem a participação de um membro dos Beatnicks como músico convidado. Foram inúmeros os espectáculos que os dois grupos fizeram em conjunto.
Os Beatnicks gravam um single com "Somos o Mar" e "Jardim Terra", em 1978 durante a fase "progressiva", mas sem Lena D’Água, que tinha já abandonado a banda.
Ramiro lança-se num projecto efémero chamado Doyo (que inclui quase todos os membros dos Beatnicks com pseudónimos como Jedo ou Doio Kaosos), e grava e edita um dos piores discos (um LP intitulado “A Quem Doer”) da fase do "boom" do Rock português, em 1981.
Os Beatnicks, com Ramiro, ainda regressarão para gravar um single “Blue Jeans”/ "Magia", precisamente na avalanche de bandas de Rock dos anos 80, com o qual não conseguirão nenhum sucesso (o qual não trazia nada de novo em relação a outras bandas). A banda ainda editará o LP “Aspectos Humanos”, na linha do single anterior, no qual se nota a decadência da banda. Completamente desactualizados e com o público interessado em Rui Veloso, GNR e UHF, os Beatnicks acabam por morrer de morte natural.
Ramiro faleceu há mais de 10 anos.
Em 2009, a companhia discográfica Portuguese Progressive Pearls edita um LP em vinil intitulado “Heavy Freaks Are Back In Town”, com todos os temas que os Beatnicks editaram em single e EP, excepto “Blue Jeans”/”Magia”.
Com diferentes formações e diferentes estilos de música, os Beatnicks começaram em 1965 como um projecto incipiente.
A sua primeira formação incluía João Ribeiro e Manuel Paulo, que apenas efectuaram alguns espectáculos, sem grande capacidade de surpreender.
A segunda fase dos Beatnicks começa em 1971, com Ribeiro, Rui Pipas (precocemente falecido num acidente de viação), Mário Ceia (que, mais tarde pertenceria a uma formação dos Hosanna) e José Diogo.
O grupo elege o inglês como língua das suas canções. Tocam no Festival de Vilar de Mouros e em Vigo (Espanha). Gravam um EP que contém "Cristina Goes To Town" (tema incluído na colectânea editada em CD " Biografia do Pop/Rock"), que é complementado com " Little School Baby" e "Sing it Along". Nesta fase chamavam-se Beatniks.
Em 1972 editam o single “Money”, com o lado B a ser ocupado por “Back In Town”, na mesma linha Hard Rock.
Nesta fase, o grupo está próximo de uma corrente Hard Rock. Há quem diga que poderiam ser os Black Sabath portugueses.
Ramiro Martins (que tinha entrado no grupo algum tempo antes em substituição de Pipas) reforma o grupo (que esteve parado por problemas relacionados com o serviço militar), já depois do 25 de Abril. Entram Jorge Casanova, Tó Leal e uma jovem actriz, filha do futebolista José Águas. Esta última era Helena Águas (mais tarde conhecida por Lena D'Água). O grupo tinha 2 vocalistas e actuava, sobretudo, em Festas de Finalistas, com incidência no distrito de Castelo Branco.
A partir de 1976 a banda envereda por um estilo "progressivo", muito próximo de uns Yes, Genesis, ou, em Portugal, Tantra.
Jorge Casanova começa a compor temas como "Cosmonicação" ou "Somos o Mar" e os espectáculos do grupo incluem projecção de slides e fumos carbónicos, uma novidade total em Portugal, só vista no concerto que os Genesis deram em 1975, no Pavilhão de Cascais.
A banda actua em vários festivais ao lado de Tantra, Hosanna, Psico, Arte & Ofício e Waveband. Este último grupo constituído por músicos alemães que se radicam em Portugal, tem a participação de um membro dos Beatnicks como músico convidado. Foram inúmeros os espectáculos que os dois grupos fizeram em conjunto.
Os Beatnicks gravam um single com "Somos o Mar" e "Jardim Terra", em 1978 durante a fase "progressiva", mas sem Lena D’Água, que tinha já abandonado a banda.
Ramiro lança-se num projecto efémero chamado Doyo (que inclui quase todos os membros dos Beatnicks com pseudónimos como Jedo ou Doio Kaosos), e grava e edita um dos piores discos (um LP intitulado “A Quem Doer”) da fase do "boom" do Rock português, em 1981.
Os Beatnicks, com Ramiro, ainda regressarão para gravar um single “Blue Jeans”/ "Magia", precisamente na avalanche de bandas de Rock dos anos 80, com o qual não conseguirão nenhum sucesso (o qual não trazia nada de novo em relação a outras bandas). A banda ainda editará o LP “Aspectos Humanos”, na linha do single anterior, no qual se nota a decadência da banda. Completamente desactualizados e com o público interessado em Rui Veloso, GNR e UHF, os Beatnicks acabam por morrer de morte natural.
Ramiro faleceu há mais de 10 anos.
Em 2009, a companhia discográfica Portuguese Progressive Pearls edita um LP em vinil intitulado “Heavy Freaks Are Back In Town”, com todos os temas que os Beatnicks editaram em single e EP, excepto “Blue Jeans”/”Magia”.
15 agosto 2009
BIOGRAFIA PERSPECTIVA (CORRIGIDA) *
A partir do grupo Plexus, banda que tocava Rock copiando os ídolos da época, formaram-se os Perspectiva, uma importante banda no panorama do Rock português, na segunda metade dos anos 70 do século XX. A banda surgiu em 1972 com Orlando Nunes (voz), Agostinho Loureiro (guitarra solo e voz), Vítor Santinho (baixo), Carlos Viana (teclas e voz) e Vítor Ferrão (bateria).
A banda, uma das primeiras a enveredar pelo estilo "sinfónico" e "progressivo" (a par dos Tantra), formou-se no Barreiro. Tó Pinheiro da Silva (guitarra, voz e flauta) que seria membro de outra banda muito importante, nesses anos (Banda do Casaco), entrou nos Perspectiva em 1973.
Após tentarem contrato com a Valentim de Carvalho, através da entrega de uma "maqueta" a Mário Martins, começam a ensaiar a sério (após terem sido expulsos de um local na sua cidade-natal porque faziam muito "barulho", passaram a fazê-lo num velho moinho abandonado) e a participar em muitos espectáculos pelo país.
Em 1976 conseguem um contrato discográfico com a Imavox, onde pontuavam como directores António Pinho e Nuno Rodrigues. O primeiro disco gravado pela banda foi o "single" intitulado "Lá Fora A Cidade", que continha no lado dois o tema "Os Homens da Minha Terra". Os músicos que gravaram este disco foram Vítor Real (voz), Tó Pinheiro da Silva (guitarra solo, flauta e vozes), José Manuel Pereira (guitarra ritmo e vozes), Luís Miguel Luz (guitarra baixo) e Vítor Ferrão (bateria). Participando na gravação, como musico convidado, esteve Carlos Viana, nos teclados.
Estes temas tiveram acompanhamento de uma orquestra sinfónica, para dar um tom mais "sinfónico" à música da banda. Muito elogiado pela crítica, este disco é hoje uma das grandes raridades discográficas portuguesas.
Em 1977 gravam novo "single" com o título "Rei Morto, Rei Posto" em que o lado B era ocupado com o tema "O Oitavo Sorriso". Neste disco o “line-up” da banda foi Vitor Real (voz), Tó Pinheiro da Silva (guitarra solo, flauta e vozes), José Manuel Pereira (guitarra ritmo e vozes), Luís Miguel Luz (baixo), Vítor Ferrão (bateria) e Firmino (congas e vozes).
O letrista ao serviço da banda era José Beiramar que escrevia os poemas com grande intensidade e revelando grandes sentimentos humanísticos e apontando problemas sociológicos comuns ao povo português.
A revista "Rock Em Portugal", à época o único meio de comunicação social a interessar-se pelo fenómeno do Rock cantado ou feito por portugueses foi, desde sempre defensora acérrima da qualidade da banda, tendo-a destacado como uma das "Bandas do Ano" em 1977. Foi também a "Rock Em Portugal" que convidou os Perspectiva a participarem na festa de lançamento da revista, através da participação num Festival Rock no pavilhão do Clube Atlético de Campo de Ourique, em Lisboa, onde os Perspectiva foram os grandes vencedores. Participaram também os Kontrol e os Hosanna.
Em Maio de 1978 a mesma revista produz uma longa entrevista com os membros da banda, que são capa da edição. Nesta entrevista ficou a saber-se as dificuldades que os músicos de Rock passavam na altura. O mercado estava virado para o que vinha do estrangeiro (e ainda não havia Play-Lists nas rádios) e o que era português não era muito bem aceite pelo mercado.
A curiosidade desta entrevista foi a presença numa fotografia do "Nacib" da telenovela brasileira "Gabriela", após o entrevistador ter solicitado a Armando Bogus (infelizmente já falecido) a sua autorização para posar junto com os Perspectiva. Num dos espectáculos ao vivo, realizado nas ruínas do Convento do Carmo, a banda chegou a actuar com a orquestra sinfónica da RDP, mas a experiência não foi muito bem sucedida e acabou por ser abandonada.
Outros temas da banda, tornados conhecidos através dos seus concertos, eram "A Quinta Parte do Mundo" (um longo poema/hino à liberdade) para além de "Sul", "Norte" ou "A Primeira Flor". Esteve programada a gravação daquele que viria a ser o primeiro LP da banda que até tinha título. Seria intitulado "A Quinta Parte do Mundo", mas nunca chegou a ver a luz do dia, porque a banda deu por terminadas as suas actividades musicais.
Após abandonar os Perspectiva, Vítor Ferrão fundou os Tráfego, banda que nunca chegou a actuar em público. Mais tarde Ferrão foi para Espanha onde formou o grupo La Madre Que los Parió e, mais recentemente, os Pirata Cojo, onde também é membro Vítor Real.
Tó Pinheiro da Silva continuou nas lides musicais, não só como membro da Banda do Casaco, até ao seu desaparecimento, mas, também, como técnico de gravação em estúdio e técnico de som. Com esta última especialidade teve oportunidade de correr o mundo, já que foi técnico de som dos Madredeus até 1997. Como técnico de estúdio gravou com uma infinidade de artistas portugueses alguns discos importantíssimos do nosso panorama musical.
* com a colaboração de Vítor Ferrão, actualmente a viver em Espanha. Vítor Ferrão fundou o primeiro grupo do Barreiro chamado Betes, depois os Step Five, os Esquema e os Plexus que deram origem aos Perspectiva.
A banda, uma das primeiras a enveredar pelo estilo "sinfónico" e "progressivo" (a par dos Tantra), formou-se no Barreiro. Tó Pinheiro da Silva (guitarra, voz e flauta) que seria membro de outra banda muito importante, nesses anos (Banda do Casaco), entrou nos Perspectiva em 1973.
Após tentarem contrato com a Valentim de Carvalho, através da entrega de uma "maqueta" a Mário Martins, começam a ensaiar a sério (após terem sido expulsos de um local na sua cidade-natal porque faziam muito "barulho", passaram a fazê-lo num velho moinho abandonado) e a participar em muitos espectáculos pelo país.
Em 1976 conseguem um contrato discográfico com a Imavox, onde pontuavam como directores António Pinho e Nuno Rodrigues. O primeiro disco gravado pela banda foi o "single" intitulado "Lá Fora A Cidade", que continha no lado dois o tema "Os Homens da Minha Terra". Os músicos que gravaram este disco foram Vítor Real (voz), Tó Pinheiro da Silva (guitarra solo, flauta e vozes), José Manuel Pereira (guitarra ritmo e vozes), Luís Miguel Luz (guitarra baixo) e Vítor Ferrão (bateria). Participando na gravação, como musico convidado, esteve Carlos Viana, nos teclados.
Estes temas tiveram acompanhamento de uma orquestra sinfónica, para dar um tom mais "sinfónico" à música da banda. Muito elogiado pela crítica, este disco é hoje uma das grandes raridades discográficas portuguesas.
Em 1977 gravam novo "single" com o título "Rei Morto, Rei Posto" em que o lado B era ocupado com o tema "O Oitavo Sorriso". Neste disco o “line-up” da banda foi Vitor Real (voz), Tó Pinheiro da Silva (guitarra solo, flauta e vozes), José Manuel Pereira (guitarra ritmo e vozes), Luís Miguel Luz (baixo), Vítor Ferrão (bateria) e Firmino (congas e vozes).
O letrista ao serviço da banda era José Beiramar que escrevia os poemas com grande intensidade e revelando grandes sentimentos humanísticos e apontando problemas sociológicos comuns ao povo português.
A revista "Rock Em Portugal", à época o único meio de comunicação social a interessar-se pelo fenómeno do Rock cantado ou feito por portugueses foi, desde sempre defensora acérrima da qualidade da banda, tendo-a destacado como uma das "Bandas do Ano" em 1977. Foi também a "Rock Em Portugal" que convidou os Perspectiva a participarem na festa de lançamento da revista, através da participação num Festival Rock no pavilhão do Clube Atlético de Campo de Ourique, em Lisboa, onde os Perspectiva foram os grandes vencedores. Participaram também os Kontrol e os Hosanna.
Em Maio de 1978 a mesma revista produz uma longa entrevista com os membros da banda, que são capa da edição. Nesta entrevista ficou a saber-se as dificuldades que os músicos de Rock passavam na altura. O mercado estava virado para o que vinha do estrangeiro (e ainda não havia Play-Lists nas rádios) e o que era português não era muito bem aceite pelo mercado.
A curiosidade desta entrevista foi a presença numa fotografia do "Nacib" da telenovela brasileira "Gabriela", após o entrevistador ter solicitado a Armando Bogus (infelizmente já falecido) a sua autorização para posar junto com os Perspectiva. Num dos espectáculos ao vivo, realizado nas ruínas do Convento do Carmo, a banda chegou a actuar com a orquestra sinfónica da RDP, mas a experiência não foi muito bem sucedida e acabou por ser abandonada.
Outros temas da banda, tornados conhecidos através dos seus concertos, eram "A Quinta Parte do Mundo" (um longo poema/hino à liberdade) para além de "Sul", "Norte" ou "A Primeira Flor". Esteve programada a gravação daquele que viria a ser o primeiro LP da banda que até tinha título. Seria intitulado "A Quinta Parte do Mundo", mas nunca chegou a ver a luz do dia, porque a banda deu por terminadas as suas actividades musicais.
Após abandonar os Perspectiva, Vítor Ferrão fundou os Tráfego, banda que nunca chegou a actuar em público. Mais tarde Ferrão foi para Espanha onde formou o grupo La Madre Que los Parió e, mais recentemente, os Pirata Cojo, onde também é membro Vítor Real.
Tó Pinheiro da Silva continuou nas lides musicais, não só como membro da Banda do Casaco, até ao seu desaparecimento, mas, também, como técnico de gravação em estúdio e técnico de som. Com esta última especialidade teve oportunidade de correr o mundo, já que foi técnico de som dos Madredeus até 1997. Como técnico de estúdio gravou com uma infinidade de artistas portugueses alguns discos importantíssimos do nosso panorama musical.
* com a colaboração de Vítor Ferrão, actualmente a viver em Espanha. Vítor Ferrão fundou o primeiro grupo do Barreiro chamado Betes, depois os Step Five, os Esquema e os Plexus que deram origem aos Perspectiva.
13 agosto 2009
Press-release de "Outdoor" dos LA LA LA RESSONANCE
Depois da estreia com Palisade, em 2006, os La la la ressonance regressam aos discos com Outdoor, edição numerada e limitada a 500 exemplares. Persistem na ironia de um discurso experimental devedor do jazz em rota de colisão com a construção cirúrgica de rendilhados pop, instrumental e abstracto, preservando as arestas perigosas, destroços deste embate. Gravado entre 2008 e 2009, Outdoor conta com a participação dos Quad Quartet, interpretanto trechos escritos pela banda, introduzindo a gravidade de um quarteto de sopros, em encontro cego com a matéria prima resultante do longo processo de composição.
Com distribuição da Compact Records, Outdoor é embalado em digipack certificado, integralmente construído em material reciclado e biodegradável
“É impossível perder isto. Sobre Outdoor.
valter hugo mãe
Era difícil imaginar como poderiam amadurecer os La La La Ressonance depois da edição de Palisade. Era difícil porque perante esse primeiro longa duração ficáramos já conscientes da amplitude de sentidos que a sua música poderia adquirir, ao mesmo tempo explorando um lugar sempre novo e cumprindo uma maturidade rara que poucos projectos musicais – mormente em Portugal – conseguem atingir. E é pela maturidade que se pode entender como, agora com este novo álbum, o projecto se consolida num registo profundamente equilibrado onde cada tema contribui de igual modo para o brilho do trabalho global. Este é o desafio que os La La La Ressonance vencem com Outdoor – e bem podem alardeá-lo em grande – o de não pecarem em momento algum, mantendo rigorosamente o nível de qualidade e apelo em cada instante de todo o disco. Perdendo uma certa oscilação temperamental, com enfoques emocionais algo distintos, o projecto apresenta agora um corpo uno, um organismo super-identitário que se comporta como um ser completo e perfeito.
São doze trechos de uma composição diria já virtuosa, embora sempre preferindo a subtileza e a graciosidade, trechos esses elevados discretamente de uma condição pop ou rock, ou pós-rock, e encontrando a criatividade do jazz com apontamentos de uma erudição que pode levá-los a ombrear com nomes sérios da música contemporânea. Parece que a ECM encontra a Tzadik, resultando numa identidade que eu apontaria por uma agradabilidade ímpar, ainda devedora, por exemplo, do lado mais cool das prestações dos Sonic Youth nos seus discos de resistência editados com o selo SYR.
Outdoor é um disco que nasce clássico, feito para os melómanos mais exigentes, capaz de sobreviver ao embate cada vez mais violento com a abundância da música dos nossos dias. Outdoor está para lá do tempo, é o que quero dizer, porque não corresponde senão ao seu momento próprio, extrapolando ondas e tendências e encontrando indubitavelmente um colectivo de músicos que procuraram obstinadamente um resultado difícil, o mais difícil, aquele que já é feito da sua própria verdade. Eu tive sempre a maior das expectativas em relação a este colectivo de músicos, mas sempre as coloquei no insondável dos seus caminhos, porque me habituei a não adivinhar o que fariam a seguir, e agora, pela primeira vez, talvez tenha percebido que o caminho foi exactamente para aqui chegar. Esta é a definição mais imediata do meu sentimento de satisfação e respeito por este disco, o de quem percebe que estes músicos deambularam para aqui chegarem, a esta completude que, uma vez criada, faz falta e tem de ocupar o seu lugar nas discografias mais exigentes de quem está vivo. Ouçam “Victoria Station”, na primeira e na segunda versão (mesmo que dominem mal as saudades de Londres, como eu), e percebam como um mundo infinito de coisas são ali juntas, num dos temas mais coloridos e preciosos que a música recente inventou. Confiram a erudição, a contenção, a graciosidade, a profunda alegria que o som pode conter. Impossível perder isto. É impossível perder isto.”
Com distribuição da Compact Records, Outdoor é embalado em digipack certificado, integralmente construído em material reciclado e biodegradável
“É impossível perder isto. Sobre Outdoor.
valter hugo mãe
Era difícil imaginar como poderiam amadurecer os La La La Ressonance depois da edição de Palisade. Era difícil porque perante esse primeiro longa duração ficáramos já conscientes da amplitude de sentidos que a sua música poderia adquirir, ao mesmo tempo explorando um lugar sempre novo e cumprindo uma maturidade rara que poucos projectos musicais – mormente em Portugal – conseguem atingir. E é pela maturidade que se pode entender como, agora com este novo álbum, o projecto se consolida num registo profundamente equilibrado onde cada tema contribui de igual modo para o brilho do trabalho global. Este é o desafio que os La La La Ressonance vencem com Outdoor – e bem podem alardeá-lo em grande – o de não pecarem em momento algum, mantendo rigorosamente o nível de qualidade e apelo em cada instante de todo o disco. Perdendo uma certa oscilação temperamental, com enfoques emocionais algo distintos, o projecto apresenta agora um corpo uno, um organismo super-identitário que se comporta como um ser completo e perfeito.
São doze trechos de uma composição diria já virtuosa, embora sempre preferindo a subtileza e a graciosidade, trechos esses elevados discretamente de uma condição pop ou rock, ou pós-rock, e encontrando a criatividade do jazz com apontamentos de uma erudição que pode levá-los a ombrear com nomes sérios da música contemporânea. Parece que a ECM encontra a Tzadik, resultando numa identidade que eu apontaria por uma agradabilidade ímpar, ainda devedora, por exemplo, do lado mais cool das prestações dos Sonic Youth nos seus discos de resistência editados com o selo SYR.
Outdoor é um disco que nasce clássico, feito para os melómanos mais exigentes, capaz de sobreviver ao embate cada vez mais violento com a abundância da música dos nossos dias. Outdoor está para lá do tempo, é o que quero dizer, porque não corresponde senão ao seu momento próprio, extrapolando ondas e tendências e encontrando indubitavelmente um colectivo de músicos que procuraram obstinadamente um resultado difícil, o mais difícil, aquele que já é feito da sua própria verdade. Eu tive sempre a maior das expectativas em relação a este colectivo de músicos, mas sempre as coloquei no insondável dos seus caminhos, porque me habituei a não adivinhar o que fariam a seguir, e agora, pela primeira vez, talvez tenha percebido que o caminho foi exactamente para aqui chegar. Esta é a definição mais imediata do meu sentimento de satisfação e respeito por este disco, o de quem percebe que estes músicos deambularam para aqui chegarem, a esta completude que, uma vez criada, faz falta e tem de ocupar o seu lugar nas discografias mais exigentes de quem está vivo. Ouçam “Victoria Station”, na primeira e na segunda versão (mesmo que dominem mal as saudades de Londres, como eu), e percebam como um mundo infinito de coisas são ali juntas, num dos temas mais coloridos e preciosos que a música recente inventou. Confiram a erudição, a contenção, a graciosidade, a profunda alegria que o som pode conter. Impossível perder isto. É impossível perder isto.”
BIOGRAFIA LA LA LA RESSONANCE
Formada em 2005, a banda deriva directamente e sem alterações no elenco dos The Astonishing Urbana Fall (TAUF). Nas palavras de Valter Hugo Mãe, “Poucos terão sido os projectos portugueses que elevaram as expectativas do seu público tanto quanto os TAUF. Pelos concertos inesquecíveis (durante muito tempo dados como eventos irrepetíveis, de encenação única), e pela estreia em disco com o ep Acetaminophen, esta banda marcou um tempo do nosso rock/pop criando um consenso de rara admiração e extensa legião de fiéis. A maturidade trouxe um novo irónico nome, La la la ressonance (Lllr). Os Lllr relativizam a experimentação, a improvisação e a transdisciplinaridade – pilares do ideário dos TAUF. Um projecto pode, paradoxalmente, ser entendido como o negativo do outro. No privilégio da estrutura, no carácter afirmativo e experimental, nas longas cavalgadas hipnóticas e improvisadas dos TAUF, encaixam o formalismo, a abstracção e a ironia dos Lllr, feitos de trechos/fragmentos de laconismo pop.”
Os TAUF findam após dez anos de uma carreira orientada para a performance, sem editar um longa duração. Os Lllr nascem com o seu primeiro álbum Palisade (2006), trabalho assente na liberdade formal em que sempre acreditaram. Instrumental, ambiental, jazzístico, carismático. Palisade foi apelidado de “brilhante no seu despojamento”. É um disco típico de quem nunca teve pressa. Resulta numa simplicidade desarmante. Trata-se de um quase-jazz delicado e contido, numa lógica de fragmentação, como se estivéssemos perante uma banda sonora ou uma colecção de apontamentos.
Palisade foi editado em formato dualdisc. O lado DVD contém uma curta-
-metragem da autoria do cineasta Miguel Machado, construída a partir de temas do álbum.
2007 é dedicado à apresentação de Palisade, em salas como a Casa da Música, Museu de Serralves, Passos Manuel ou ZDB.
Entram em 2008 a preparar o segundo álbum, a compor a imagem sonora da Rádio Universitária do Minho e a promover um espectáculo construído a partir da obra cinematográfica de Len Lye e Osamu Tesuka, este último estreado no FILMINHO – Festival de Cinema Galego e Português, Goyan, Espanha, e apresentado em salas como o Teatro Aveirense, o Teatro Viriato ou o Museu Nogueira da Silva.
Em 2009, gravam o segundo álbum, Outdoor, a editar em Outubro próximo.
Paralelamente e em simultâneo, trabalharam numa banda sonora original para o filme “Le voyage dans la lune” de Georges Méliès, apresentada no Festival de Curtas Metragens de Vila do Conde.
FORMAÇÃO
André Simão: Baixo eléctrico, acústico e fretless, guitarra eléctrica e acústica, teclas, bateria, percussão, sampling e programações
Gil Teixeira: Guitarra eléctrica e acústica, teclas, sampling e programações
Jorge Aristides: Bateria
Paulo Araújo: Sax alto e soprano, teclas, bateria e percussão
Ricardo Cibrão: Guitarra eléctrica e lap steel guitar
DISCOGRAFIA
Palisade, 2006 - Dualdisc
input/output - V.A., 2007 - CD
12 agosto 2009
BIOGRAFIA HOSANNA (corrigida)
O grupo Hosanna apareceu na cena Rock nacional em 1974, com um estilo muito próximo do Hard Rock , influenciado por grupos como os Deep Purple ou os Black Sabath.
Constituídos por Virgílio (voz), Zé André (baixo), Jorge Bilas (guitarra), Dógora (bateria),Leca (teclas) e Luís Miguéns (guitarra) *, os Hosanna eram dos grupos portugueses que mais actuações faziam, em Portugal.
Passado pouco tempo, a formação muda e só fica Zé André. Entram Alberto Gomes, Agnelo Monteiro, Celso,João Carlos, Mário Ceia e Agnelo Monteiro **.
Tocando sobretudo em Bailes de Finalistas e outras festas dos estudantes liceais, o grupo conseguiu arregimentar uma grande legião de fãs.
A indumentária dos membros da banda ( calças à boca de sino e cabelo comprido) era uma das imagens de marca do grupo.
Nunca chegaram a gravar qualquer disco porque ,na época, tal era muito difícil; mesmo para grupos como os Hosanna que tinham público fiel.
O seu repertório era composto por temas cantados em português , dentro do estilo Rock pesado.
Ficaram famosos os sons que Agnelo conseguia tirar dos seus diversos teclados ( e do "Lesley" a eles associado), sobrepostos uns nos outros, tal como as "performances" de João Carlos.
Em 1978 dá-se uma mudança no line-up da banda: saem João Carlos( que passa a ser vocalista dos A Ferro e Fogo) e Mário Ceia e entram para os seus lugares, respectivamente João Teixeira e Aristides Serafim.
O grupo faz muitos espectáculos nos distritos de Castelo Branco e Guarda. Em 21 de Novembro de 1979, o grupo actua num Baile de Finalistas do Externato Secundário do Sabugal , que motivou um artigo na revista " Rock em Portugal" , à época o único meio de comunicação social que se referia, quase exclusivamente, ao Rock português.
É preciso notar que Rui Veloso ainda não tinha surgido na cena musical.
Das suas composições , a que ficou mais conhecida foi " Se eu Fosse Deus ou Rei", com letra de João Teixeira e música de Agnelo Monteiro.
O grupo termina a sua carreira em 1980. João Teixeira consegue um contrato discográfico, em 1982, e sob o pseudónimo de JTX chega a gravar e editar um LP, com um tipo de música próximo da Pop. Experiência que não teve continuidade e ninguém mais ouviu falar de JTX.
Agnelo passa a tocar em grupos de baile e João Carlos continua , ainda hoje, com os Ferro & Fogo (que sucederam aos A Ferro e Fogo).
* Esta formação foi a que foi publicada na segunda e terceira edições do meu livro – informação prestada por Luís Miguéns, aliás com um agradecimento no início das edições.
** Hoje recebi a informação, prestada num comentário deste blog, por um filho de um dos membros, chamado Pedro, (embora não refira de que membro era filho) de que a banda se iniciou em 1974 com esta formação: Jorge Horta (guitarra), Dógora (bateria), Zé André (baixo), Vírgilio (vocalista), e Agnelo (teclas).
Há aqui contradições porque, segundo Luís Miguéns, o Agnelo não foi fundador. No entanto, em conversa com um músico da época ( Luís Miguel Luz, dos Perspectiva) foi-me dito que, na realidade, os Hosanna eram conhecidos como o grupo do “indiano” (Agnelo), o que é referido nas revistas da época.
É , realmente, difícil conseguir encontrar a verdade, neste como noutros grupos, porque vários membros passaram pelas formações e cada um tem uma perspectiva diferente do que se passou.
Ontem, por exemplo, recebi um e-mail de um membro dos Perspectiva (Vítor Ferrão, a viver em Espanha) que diz ser fundador e apresenta a formação original com outros membros (embora refira que os que gravaram os dois singles já eram outros).
Constituídos por Virgílio (voz), Zé André (baixo), Jorge Bilas (guitarra), Dógora (bateria),Leca (teclas) e Luís Miguéns (guitarra) *, os Hosanna eram dos grupos portugueses que mais actuações faziam, em Portugal.
Passado pouco tempo, a formação muda e só fica Zé André. Entram Alberto Gomes, Agnelo Monteiro, Celso,João Carlos, Mário Ceia e Agnelo Monteiro **.
Tocando sobretudo em Bailes de Finalistas e outras festas dos estudantes liceais, o grupo conseguiu arregimentar uma grande legião de fãs.
A indumentária dos membros da banda ( calças à boca de sino e cabelo comprido) era uma das imagens de marca do grupo.
Nunca chegaram a gravar qualquer disco porque ,na época, tal era muito difícil; mesmo para grupos como os Hosanna que tinham público fiel.
O seu repertório era composto por temas cantados em português , dentro do estilo Rock pesado.
Ficaram famosos os sons que Agnelo conseguia tirar dos seus diversos teclados ( e do "Lesley" a eles associado), sobrepostos uns nos outros, tal como as "performances" de João Carlos.
Em 1978 dá-se uma mudança no line-up da banda: saem João Carlos( que passa a ser vocalista dos A Ferro e Fogo) e Mário Ceia e entram para os seus lugares, respectivamente João Teixeira e Aristides Serafim.
O grupo faz muitos espectáculos nos distritos de Castelo Branco e Guarda. Em 21 de Novembro de 1979, o grupo actua num Baile de Finalistas do Externato Secundário do Sabugal , que motivou um artigo na revista " Rock em Portugal" , à época o único meio de comunicação social que se referia, quase exclusivamente, ao Rock português.
É preciso notar que Rui Veloso ainda não tinha surgido na cena musical.
Das suas composições , a que ficou mais conhecida foi " Se eu Fosse Deus ou Rei", com letra de João Teixeira e música de Agnelo Monteiro.
O grupo termina a sua carreira em 1980. João Teixeira consegue um contrato discográfico, em 1982, e sob o pseudónimo de JTX chega a gravar e editar um LP, com um tipo de música próximo da Pop. Experiência que não teve continuidade e ninguém mais ouviu falar de JTX.
Agnelo passa a tocar em grupos de baile e João Carlos continua , ainda hoje, com os Ferro & Fogo (que sucederam aos A Ferro e Fogo).
* Esta formação foi a que foi publicada na segunda e terceira edições do meu livro – informação prestada por Luís Miguéns, aliás com um agradecimento no início das edições.
** Hoje recebi a informação, prestada num comentário deste blog, por um filho de um dos membros, chamado Pedro, (embora não refira de que membro era filho) de que a banda se iniciou em 1974 com esta formação: Jorge Horta (guitarra), Dógora (bateria), Zé André (baixo), Vírgilio (vocalista), e Agnelo (teclas).
Há aqui contradições porque, segundo Luís Miguéns, o Agnelo não foi fundador. No entanto, em conversa com um músico da época ( Luís Miguel Luz, dos Perspectiva) foi-me dito que, na realidade, os Hosanna eram conhecidos como o grupo do “indiano” (Agnelo), o que é referido nas revistas da época.
É , realmente, difícil conseguir encontrar a verdade, neste como noutros grupos, porque vários membros passaram pelas formações e cada um tem uma perspectiva diferente do que se passou.
Ontem, por exemplo, recebi um e-mail de um membro dos Perspectiva (Vítor Ferrão, a viver em Espanha) que diz ser fundador e apresenta a formação original com outros membros (embora refira que os que gravaram os dois singles já eram outros).
08 agosto 2009
06 agosto 2009
04 agosto 2009
REVIEW DO CD “NINGUÉM MANDA EM TI”, DOS REVOLTA
A par dos Gazua, os Revolta são uma das mais activas bandas do novo Punk Rock português. Trata-se de uma banda inserida naquilo que se pode considerar a quarta vaga do Punk Rock português, que teve o seu início em 1978 com os Faíscas, os Aqui D’El Rock, Xutos e Pontapés ou UHF.
Formados por Bruno Alves (voz e baixo), António Corte Real (guitarra e voz) e Anselmo Alves (bateria e voz), este “power trio” editou, não há muito tempo, o CD “Ninguém Manda Em Ti”, numa edição da Amra Discos, com distribuição Sony Music.
Antes da edição do CD tinha surgido uma edição de “Nuclear Não Obrigado”, em versão promo, editada em colaboração com o Partido “Os Verdes”. Logo nesse CD single deu para perceber a energia desta banda.
“Ter Ou Não Ter (A Questão É)”, com letra de David Arroz, abre o disco. Segue-se o tema-título “Ninguém Manda Em Ti”, um bem conseguido tema, como uma letra de combate, como são todas as do disco. O refrão reza “Ninguém manda em ti, mesmo que queira, fecha os olhos e sorri, a vida inteira”.
O tema seguinte é “Oh Vida (Não Te Quero Enganar)”. O tema número 4 (cuja letra é de António Manuel Ribeiro) é um dos melhores e mais “esgalhados” deste disco. Trata-se de “As Pessoas (Como Se A Pressa Fosse Urgente)”, onde se canta “As pessoas morrem de tédio, avançam sem dormir adormecendo, nos olhos são pobres diabos, sôfregas no aperto do tempo”. Segue-se o já conhecido “Nuclear Não Obrigado” (nada a ver com o tema do mesmo título popularizado por Lena D’Água), mais uma canção de protesto, ao melhor nível.
“Estrela (Da Minha Vida)” e “Tu” seguem-se no alinhamento.
A grande surpresa do disco surge, no entanto, no tema número 8, com uma versão de “Persona Non Grata”, dos UHF, um tema de 1982, aqui bastante mais “esgalhado” do que no original. Mas, tendo em conta o que os Revolta pretendem transmitir com as suas letras de combate, este tema é daqueles que melhor se adequa a isso.
A propósito disto: para quando um tributo por novas bandas Punk portuguesas aos UHF, que também foram iniciadores do movimento, em Portugal (basta ouvir “ A Caçada” para perceber isso)?
“Bush”, um tema contra a prepotência do antigo presidente dos Estados Unidos da América é o tema seguinte.
“Perto de Ti”, “Neste Quarto” e “Um Aviso” (este o tema mais lento do disco, com recurso a harmónica, no seu início) são os restantes temas de “Ninguém Manda Em Ti”.
Resumindo: um disco fundamental para se compreenderem os novos caminhos do Punk Rock português.
Só posso dar os parabéns aos Revolta por este disco. Sucesso é o que se lhes deseja.
Formados por Bruno Alves (voz e baixo), António Corte Real (guitarra e voz) e Anselmo Alves (bateria e voz), este “power trio” editou, não há muito tempo, o CD “Ninguém Manda Em Ti”, numa edição da Amra Discos, com distribuição Sony Music.
Antes da edição do CD tinha surgido uma edição de “Nuclear Não Obrigado”, em versão promo, editada em colaboração com o Partido “Os Verdes”. Logo nesse CD single deu para perceber a energia desta banda.
“Ter Ou Não Ter (A Questão É)”, com letra de David Arroz, abre o disco. Segue-se o tema-título “Ninguém Manda Em Ti”, um bem conseguido tema, como uma letra de combate, como são todas as do disco. O refrão reza “Ninguém manda em ti, mesmo que queira, fecha os olhos e sorri, a vida inteira”.
O tema seguinte é “Oh Vida (Não Te Quero Enganar)”. O tema número 4 (cuja letra é de António Manuel Ribeiro) é um dos melhores e mais “esgalhados” deste disco. Trata-se de “As Pessoas (Como Se A Pressa Fosse Urgente)”, onde se canta “As pessoas morrem de tédio, avançam sem dormir adormecendo, nos olhos são pobres diabos, sôfregas no aperto do tempo”. Segue-se o já conhecido “Nuclear Não Obrigado” (nada a ver com o tema do mesmo título popularizado por Lena D’Água), mais uma canção de protesto, ao melhor nível.
“Estrela (Da Minha Vida)” e “Tu” seguem-se no alinhamento.
A grande surpresa do disco surge, no entanto, no tema número 8, com uma versão de “Persona Non Grata”, dos UHF, um tema de 1982, aqui bastante mais “esgalhado” do que no original. Mas, tendo em conta o que os Revolta pretendem transmitir com as suas letras de combate, este tema é daqueles que melhor se adequa a isso.
A propósito disto: para quando um tributo por novas bandas Punk portuguesas aos UHF, que também foram iniciadores do movimento, em Portugal (basta ouvir “ A Caçada” para perceber isso)?
“Bush”, um tema contra a prepotência do antigo presidente dos Estados Unidos da América é o tema seguinte.
“Perto de Ti”, “Neste Quarto” e “Um Aviso” (este o tema mais lento do disco, com recurso a harmónica, no seu início) são os restantes temas de “Ninguém Manda Em Ti”.
Resumindo: um disco fundamental para se compreenderem os novos caminhos do Punk Rock português.
Só posso dar os parabéns aos Revolta por este disco. Sucesso é o que se lhes deseja.
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