27 outubro 2006

LIVRO JÁ À VENDA

A segunda edição (revista e aumentada) do livro "Memórias do Rock Português" já se encontra à venda.
Aceitam-se encomendas à cobrança para akapunkrural@gmail.com
O preço é o mesmo da 1.ª edição.
A nova edição tem mais 30 páginas, mais 8 biografias de bandas, mais fotos e mais "memorabilia".

UHF nos bastidores do Coliseu




A banda de blues POST, com Sergio Castro




20 outubro 2006

Uma história mal contada

No suplemento "Y" do jornal "Público" de hoje há uma reportagem sobre o documentário dos Heróis do Mar intitulado "Brava Dança", onde vários músicos tecem comentários sobre a banda de Pedro Ayres.
Alguns deles dizem que antes do "boom" do Rock potuguês a rádio só passava música de intervenção.
Muito me admiro com essas afirmações!!!
Se dissessem que , desde o 25 de Abril de 1974, até 25 de Novembro de 75, isso acontecia, tudo bem...
Agora até 1980, não cabe na cabeça de ninguém...
Eu afirmo que isso é falso e escrevi-o no meu livro ("Memórias do Rock Português"- página 20).
Antes, já Mário Correia no livro "Música Popular portuguesa- Um Ponto de Partida" tinha escrito o mesmo, chegando a dar exemplos concretos da censura exercida contra os cantores de intervenção, a seguir a Novembro de 75. E aparecem , agora, uns "líricos" a dizer o contrário... Mas eles ouviam rádio portuguesa em 76, 77, 78, 79?
Eu, sendo mais novo que eles, lembro-me bem da rádio passar o Marco Paulo e todos os outros intérpretes da música ligeira, porque assim é que estava bem.
E ouvi Perspectiva, Arte & Ofício, Tantra, etc, nas rádios portuguesas em 76/77/78.
Não digo que a rádio não passava boa música, mas passava , também, muita porcaria, sobretudo estrangeira.
O que não se ouvia, ou se ouvia muito pouco,eram os cantores de intervenção.
Nada de revolucionários. Aliás, um painel de críticos, considerou mesmo o LP "Com as Minhas Tamanquinhas" do José Afonso, o pior disco português de 1976. Ou já ninguém se lembra?
Mas os portugueses são mesmo assim. A falta de memória é uma coisa terrível...
Outro mito, é o que é... Tal como o mito de que Rui Veloso é o pai do rock português. E nunca mais se sai disto.
Quem quiser comentar e atirar achas para a fogueira esteja à vontade.

15 outubro 2006

Pagina da revista "Musica & Som" de 1978




NOTÍCIA DO JORNAL "PÚBLICO" DE HOJE

Internet estimula arqueologia musical
Pedro Rios
Blogues escrevem história da música portuguesa. Imagens e música que se julgava perdida são partilhadas na rede
Lembra-se do Conjunto Académico Kings, uma espécie de Beatles de Vizela? Ou dos Aqui d"el Rock, pais do punk português, ou dos Sindicato, uma das primeiras bandas de Jorge Palma? Estes e outros nomes da história do rock português estão no Rock em Portugal. O blogue é um dos poucos mas firmes esforços de recuperação da memória musical portuguesa na internet, empreendidos por coleccionadores e melómanos. Capas de discos, fotografias e recortes de jornais época são publicados regularmente no blogue por Aristides Duarte, um coleccionador com 46 anos que encontrou na internet a possibilidade de partilhar o seu espólio. Fundado em Março, o Rock em Portugal já deu origem a um livro ("Memórias do Rock Português", edição de autor), e gerou uma comunidade de nostálgicos que contribuem com mais conteúdos. Na mesma linha, blogues como o PlayOnTape e o Portugal Underground colocam em formato mp3 maquetas e raridades de bandas nacionais dos anos 80 e 90 do século XX, cujo download é gratuito."Nunca pensei que fosse ter tanto sucesso. Contactaram-me músicos dos anos 60 e 70 que nunca imaginei que o fariam. Alguns até dizem: "Como é que se lembrou que nós existíamos?", conta Aristides Duarte. No PlayOnTape, a música é menos antiga, mas nem por isso fácil de obter por outras vias. Estão disponíveis para download maquetas de bandas de rock independente dos anos 90, cassetes obscuras de música experimental e punk, objectos que se julgavam perdidos para sempre nas colecções pessoais de poucas pessoas. Fernando Ferreira quis fazer um "manual histórico da música moderna portuguesa", já que se contam "pelos dedos de uma mão os sites portugueses" sobre as duas décadas finais do século XX. As reacções têm sido positivas: "Algumas bandas já nem se lembravam que tinham gravado aquelas maquetas ou que alguém se ia lembrar delas. A outras bandas parece que o PlayOnTape deu força para voltarem novamente a fazer música". Uma delas vai editar na MiMi Records, a netlabel (editora que distribui obras em mp3 gratuitamente) de Fernando Ferreira.Inspirado pelo PlayOnTape, Paulo Silva pensou que seria "uma boa ideia" partilhar a "grande colecção de cassetes" de metal que vem reunindo desde o início dos anos 90 com a "malta mais nova que não conhecia e com os mais saudosistas que perderam os registos". Fundou o Portugal Underground, onde coloca mp3 de maquetas e discos fora de circulação. Este tipo de projectos vai fazendo o papel das editoras, já que "as apostas neste tipo de reedições [de música menos conhecida] têm sido praticamente inexistentes", diz."Há uma carga nostálgica nisto", reconhece Fernando Ferreira. "Não só pela música em si, mas também pelas amizades que fiz ao longo deste tempo todo com o pessoal das antigas editoras de cassetes, músicos e pessoas com quem trocava música. Alguém disse "Recordar é viver" e é isso que estou a fazer". Heavy Metal Anos 80: http://heavymetaldecada80.blogspot.com/PlayOnTape: http:playontape.blogspot.com/Portugal Underground: http:/portugalunderground.blogspot.com/Portuguese Nuggets: http://www.myspace.com/portuguesenuggets60sRock em Portugal: http://rockemportugal.blogspot.com/ Alguns sites sobre música portuguesa antiga