26 agosto 2010
Concerto dos UHF em Aldeia Velha (Sabugal)- Reportagem
Seis anos depois, Aldeia Velha (Sabugal) voltou a receber de braços abertos os UHF. Efectivamente, os UHF já tinham actuado no mesmo local no dia 23 de Agosto de 2004.
Se o concerto de 2004 foi bom, o de 2010 (realizado no passado dia 21 de Agosto) foi fantástico.
Muito público jovem esteve presente, mas também bastantes pessoas de outras faixas etárias, para quem os UHF são ainda uma referência que permanece desde a sua adolescência.
Totalmente recuperado, após o seu internamento hospitalar em finais de Julho (que levou ao cancelamento do concerto de Peniche), o líder dos UHF, António Manuel Ribeiro, provou (mais uma vez) em Aldeia Velha, porque é um dos mais carismáticos músicos do Rock português.
A banda continua com a formação habitual, que já tem mais de 10 anos: António Côrte-Real (guitarras), Ivan Cristiano (bateria), Fernando Rodrigues (baixo e teclas); António Manuel Ribeiro (guitarras e vozes). Para além destes músicos participou no concerto, como convidado, Nuno Oliveira (teclas, baixo e cavaquinho).
O concerto iniciou-se com “Quando (Dentro de Ti)” e prosseguiu com um tema do novo álbum (que sairá em finais de Setembro e se intitulará “Porquê?”).
O concerto prosseguiu com temas como “Matas-me Com o Teu Olhar”,"Rua do Carmo", “Sarajevo”, “Modelo Fotográfico” ou “Foge Comigo Maria”.
O público, que enchia completamente o recinto, não arredava pé e cantava, constantemente, os refrães dos temas emblemáticos dos UHF.
No tema “Canção de Roubar o Amor”, Nuno Oliveira tocou cavaquinho, numa feliz mistura entre o Rock e a música popular portuguesa.
O concerto teve o seu clímax no tema “ Esta Dança Não Me Interessa”, quando António Manuel Ribeiro, na parte final, solicitou ao público que batesse palmas ao ritmo da canção, enquanto ia declamando um poema, ao mesmo tempo que referia estar muito feliz por regressar a Aldeia Velha, elogiando os presentes e transformando a noite de 21 de Agosto numa imensa comunhão entre a audiência e a banda.
O tema “O Vento Mudou”, uma versão da canção que ganhou o Festival RTP da Canção, nos anos 60, foi dedicado ao autor deste blog por António Manuel Ribeiro, que foi o prefaciador do seu livro "Memórias do Rock Português". O concerto chegou ao fim com “Menino (Canção da Beira-Baixa)”, mas o público pediu mais. A banda regressou ao palco para cantar a versão acústica de “Matas-me Com o Teu Olhar”, com o público em coro a entoar o refrão, após o que se retirou.
A pedido do público a banda regressaria, ainda, para mais dois temas emblemáticos: “Cavalos de Corrida” (António Manuel Ribeiro referiu que estava há 32 anos ligado à corrente e tinha começado por ser, ele próprio, um cavalo de corrida) e, na apoteose final, com o público presente no recinto a dançar ao som de “Menina Estás à Janela”.
Resumindo: um concerto memorável.
António Manuel Ribeiro confidenciou ao autor deste blog que o novo álbum dos UHF se incluirá naquilo a que se poderá chamar “Rock de Intervenção”, com palavras duras e de protesto contra um certo apodrecimento da situação vivida em Portugal.
Se o concerto de 2004 foi bom, o de 2010 (realizado no passado dia 21 de Agosto) foi fantástico.
Muito público jovem esteve presente, mas também bastantes pessoas de outras faixas etárias, para quem os UHF são ainda uma referência que permanece desde a sua adolescência.
Totalmente recuperado, após o seu internamento hospitalar em finais de Julho (que levou ao cancelamento do concerto de Peniche), o líder dos UHF, António Manuel Ribeiro, provou (mais uma vez) em Aldeia Velha, porque é um dos mais carismáticos músicos do Rock português.
A banda continua com a formação habitual, que já tem mais de 10 anos: António Côrte-Real (guitarras), Ivan Cristiano (bateria), Fernando Rodrigues (baixo e teclas); António Manuel Ribeiro (guitarras e vozes). Para além destes músicos participou no concerto, como convidado, Nuno Oliveira (teclas, baixo e cavaquinho).
O concerto iniciou-se com “Quando (Dentro de Ti)” e prosseguiu com um tema do novo álbum (que sairá em finais de Setembro e se intitulará “Porquê?”).
O concerto prosseguiu com temas como “Matas-me Com o Teu Olhar”,"Rua do Carmo", “Sarajevo”, “Modelo Fotográfico” ou “Foge Comigo Maria”.
O público, que enchia completamente o recinto, não arredava pé e cantava, constantemente, os refrães dos temas emblemáticos dos UHF.
No tema “Canção de Roubar o Amor”, Nuno Oliveira tocou cavaquinho, numa feliz mistura entre o Rock e a música popular portuguesa.
O concerto teve o seu clímax no tema “ Esta Dança Não Me Interessa”, quando António Manuel Ribeiro, na parte final, solicitou ao público que batesse palmas ao ritmo da canção, enquanto ia declamando um poema, ao mesmo tempo que referia estar muito feliz por regressar a Aldeia Velha, elogiando os presentes e transformando a noite de 21 de Agosto numa imensa comunhão entre a audiência e a banda.
O tema “O Vento Mudou”, uma versão da canção que ganhou o Festival RTP da Canção, nos anos 60, foi dedicado ao autor deste blog por António Manuel Ribeiro, que foi o prefaciador do seu livro "Memórias do Rock Português". O concerto chegou ao fim com “Menino (Canção da Beira-Baixa)”, mas o público pediu mais. A banda regressou ao palco para cantar a versão acústica de “Matas-me Com o Teu Olhar”, com o público em coro a entoar o refrão, após o que se retirou.
A pedido do público a banda regressaria, ainda, para mais dois temas emblemáticos: “Cavalos de Corrida” (António Manuel Ribeiro referiu que estava há 32 anos ligado à corrente e tinha começado por ser, ele próprio, um cavalo de corrida) e, na apoteose final, com o público presente no recinto a dançar ao som de “Menina Estás à Janela”.
Resumindo: um concerto memorável.
António Manuel Ribeiro confidenciou ao autor deste blog que o novo álbum dos UHF se incluirá naquilo a que se poderá chamar “Rock de Intervenção”, com palavras duras e de protesto contra um certo apodrecimento da situação vivida em Portugal.
Texto de valter hugo mãe sobre os PEIXE: AVIÃO
Madrugada o dia inteiro
valter hugo mãe
Desenvolvo pelos peixe : avião um daqueles amores inelutáveis, a chegarem de surpresa e a fazerem-me borboletas ouvidos adentro. Desenvolvo pelos peixe : avião uma admiração profunda, assente na maravilha das suas melodias, das suas inteligentes letras, assente na sua sofisticação espontânea, a transbordar de naturalidade, nada pretensiosa, apenas naturalmente vanguardista. Numa primeira imagem, os peixe : avião são uma abundante ostentação de recursos.
Madrugada é a prova dos nove para um dos mais preciosos projectos nacionais. Reiterando o melhor de que são capazes, os peixe : avião superam-se no mais caro dos sentidos, isto é, amadurecendo.
Encontram nos pormenores um cuidado cada vez maior, conseguindo sempre melodias que se agarram à nossa memória como clássicos instantâneos.
Convidando dois dos mais carismáticos músicos portugueses, Bernardo Sassetti e Manuela Azevedo, os peixe : avião revelam juízo em cada opção e mostram o quanto lhes interessa um pop de qualidade.
Sassetti delicado e perfeito como sempre, Manuela Azevedo, a mais apetecível das vocalistas do momento, dotada cada vez mais da versatilidade das grandes cantoras.
Com Madrugada espero que o grande público descubra, de vez por todas, a urbanidade sensível deste projecto de Braga. Espero que o grande público seja também ele sensível à renovação que aqui acontece ao cantar em português, libertando tanto quanto identificando a nossa língua com uma vanguarda toda ela admirável e sofisticada.
Quem não ouve peixe : avião é menos feliz.
Estou há semanas com este novo disco a tocar e é madrugada o dia inteiro. Vicio-me mais e mais, como quem verifica que uma grande obra de arte reserva um mistério para ser descoberto a cada novo confronto. Eu, que ouço esta música, por ouvir esta música, sou mais feliz. Roam-se de inveja ou façam o mesmo. Este disco é para todos.
valter hugo mãe
Desenvolvo pelos peixe : avião um daqueles amores inelutáveis, a chegarem de surpresa e a fazerem-me borboletas ouvidos adentro. Desenvolvo pelos peixe : avião uma admiração profunda, assente na maravilha das suas melodias, das suas inteligentes letras, assente na sua sofisticação espontânea, a transbordar de naturalidade, nada pretensiosa, apenas naturalmente vanguardista. Numa primeira imagem, os peixe : avião são uma abundante ostentação de recursos.
Madrugada é a prova dos nove para um dos mais preciosos projectos nacionais. Reiterando o melhor de que são capazes, os peixe : avião superam-se no mais caro dos sentidos, isto é, amadurecendo.
Encontram nos pormenores um cuidado cada vez maior, conseguindo sempre melodias que se agarram à nossa memória como clássicos instantâneos.
Convidando dois dos mais carismáticos músicos portugueses, Bernardo Sassetti e Manuela Azevedo, os peixe : avião revelam juízo em cada opção e mostram o quanto lhes interessa um pop de qualidade.
Sassetti delicado e perfeito como sempre, Manuela Azevedo, a mais apetecível das vocalistas do momento, dotada cada vez mais da versatilidade das grandes cantoras.
Com Madrugada espero que o grande público descubra, de vez por todas, a urbanidade sensível deste projecto de Braga. Espero que o grande público seja também ele sensível à renovação que aqui acontece ao cantar em português, libertando tanto quanto identificando a nossa língua com uma vanguarda toda ela admirável e sofisticada.
Quem não ouve peixe : avião é menos feliz.
Estou há semanas com este novo disco a tocar e é madrugada o dia inteiro. Vicio-me mais e mais, como quem verifica que uma grande obra de arte reserva um mistério para ser descoberto a cada novo confronto. Eu, que ouço esta música, por ouvir esta música, sou mais feliz. Roam-se de inveja ou façam o mesmo. Este disco é para todos.
Novas dos PEIXE: AVIÃO
Novo CD
Edição 20 de Setembro
Título: “Madrugada”
Alinhamento (títulos ainda provisórios):
01. Tímida penumbra
02. No jogo da quimera
03. Um acordo qualquer
04. Detalhes de um plano
05. Mudar de ideias
06. Murmúrios de um segredo
07. Fios de fumo
08. Luta perdida
09. Prantos de pétalas
10. Palavras que não falam
11. Sentido de calma
peixe : avião
André Covas
José Figueiredo
Luís Fernandes
Pedro Oliveira
Ronaldo Fonseca
Música por peixe : avião
Textos por Ronaldo Fonseca
Bernardo Sassetti Piano em “Detalhes de um plano” e “Palavras que não falam”
Manuela Azevedo Voz em “Fios de Fumo” (gentilmente cedida por EMI Portugal)
Nélson Carvalho Guitarra em “Prantos de pétalas”
Produzido por Nélson Carvalho e peixe : avião
Gravado nos Estúdios Valentim de Carvalho, RSM541A, Sala 6 do Estádio 1º de Maio e
Estúdio Namouche por Nélson Carvalho, peixe : avião e Tiago Sousa ;
Misturado por Nélson Carvalho nos Estúdios Valentim de Carvalho;
Masterizado por Andy VanDette nos Estúdios Masterdisk
www.peixeaviao.com
www.facebook.com/peixe.aviao
www.myspace.com/peixeavião
Edição 20 de Setembro
Título: “Madrugada”
Alinhamento (títulos ainda provisórios):
01. Tímida penumbra
02. No jogo da quimera
03. Um acordo qualquer
04. Detalhes de um plano
05. Mudar de ideias
06. Murmúrios de um segredo
07. Fios de fumo
08. Luta perdida
09. Prantos de pétalas
10. Palavras que não falam
11. Sentido de calma
peixe : avião
André Covas
José Figueiredo
Luís Fernandes
Pedro Oliveira
Ronaldo Fonseca
Música por peixe : avião
Textos por Ronaldo Fonseca
Bernardo Sassetti Piano em “Detalhes de um plano” e “Palavras que não falam”
Manuela Azevedo Voz em “Fios de Fumo” (gentilmente cedida por EMI Portugal)
Nélson Carvalho Guitarra em “Prantos de pétalas”
Produzido por Nélson Carvalho e peixe : avião
Gravado nos Estúdios Valentim de Carvalho, RSM541A, Sala 6 do Estádio 1º de Maio e
Estúdio Namouche por Nélson Carvalho, peixe : avião e Tiago Sousa ;
Misturado por Nélson Carvalho nos Estúdios Valentim de Carvalho;
Masterizado por Andy VanDette nos Estúdios Masterdisk
www.peixeaviao.com
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www.myspace.com/peixeavião
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