Bandeiras pretas
Somos um país pobre. Sempre o fomos, aliás (apesar da nossa grandiosa história recheada de feitos gloriosos, heróis valentes e marinheiros destemidos). E não é por sermos um pequeno país (outros bem mais pequenos do que nós conseguem desenvolver-se). É, antes, por nos deixarmos abater pelo fado. E estarmos sempre à espera de um qualquer D. Sebastião. Ou de um salvador da pátria, chame-se ele Salazar, Cavaco ou Sócrates.
Somos pobres. É inquestionável. Mas pior é sermos o país mais injusto e desigual da União Europeia. Aquele onde os pobres são mais pobres e os ricos, mais ricos. Isso é que é de todo inaceitável. Sobretudo com um governo que, dizendo-se socialista, tinha a obrigação política de combater a desigualdade e promover a justiça social.
Entretanto, a milionária selecção portuguesa da bola prepara-se para a fase final do campeonato da Europa. E os tugas, como se estivessem a viver no melhor dos mundos, aprestam-se a engalanar as suas janelas com bandeiras nacionais. Ora, parece-nos que, se temos razão para manifestar alguma coisa, só pode ser o nosso profundo descontentamento com o (des)governo e a injustiça a que este pobre país é votado. E, para isso, nas nossas janelas, em vez de bandeiras verde-rubras, o que deveremos pôr são bandeiras… pretas. Vamos a isso?
COMENTÁRIO: Concordo com isto tudo e acrescento que de bola só vejo a "Liga dos Últimos". Comigo a malta da bola não se governa... Isso é que vai ser bom, agora para o Governo. Tudo a ligar à bola e o custo de vida a aumentar
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