Aníbal Miranda começou a ligar-se à música por volta de 1963 depois de ter sido muito influenciado por Beatles, Rolling Stones, Them, Kinks para só dizer alguns…pouco mais tarde por blues. Sempre cativado por Pop Music aprendeu a tocar guitarra tendo formado o 1º Grupo chamado Luv 24 na Foz (Porto). De seguida foi estudar para um Colégio Interno em Ermesinde e aí formou o 1º Grupo do Colégio. Depois de abandonar os estudos ingressou o Scorpion Music Incorporated grupo satélite dos Pop Five Music Incorporated (Miguel Graça Moura, Pedro Vareta, Tózé Brito e Paulo Godinho)
A seguir formou outro na Foz do Douro chamado Quinteto KW.
De seguida foi para as Antas (zona do Porto) e entrou para os Alfas. Todos estes grupos acima mencionados só tocavam músicas de grupos estrangeiros para festas.
Aos 17 anos gravou o 1º single com Karin Wall e Manuel Lourenço – tudo acústico, para a Vadeca.
Londres 1969/70
Entrou para o Grupo Mitzi e fez duas vezes o circuito quase inteiro dos Pubs com música ao vivo. Aprendeu bastante aí e fez bastantes conhecimentos. Foi segundo guitarrista de John Denver no princípio da carreira dele, aquando da sua vinda a Londres e fez uma “jam session” com o Mark Knopfler antes dos Dire Straits terem gravado o “Sultans of Swing”.
Compôs e gravou pequenas peças para a London Film Institute como música de fundo de pequenos filmes e documentários sem diálogo de 3 a 5 minutos.
Começou a gravar musicas próprias e pagas do seu bolso,entre as quais estava o “7 in the morning”.
Voltou para Portugal em 1980. Lançou na Polygram o single “7 in the morning” e foi convidado pelo Júlio Isidro para abrir os 3 espectáculos dos Camel, o qual só veio a acontecer em Coimbra. De rumo ao Algarve “dividiu” o terreno de Albufeira (bares, etc) com a Adelaide Ferreira – dava 3 a 4 bares para cada um. Compôs e gravou na Polygram o “Don’t Shoot” que chegou a 6º lugar dos discos internacionais do programa do Rock em Stock (Programa da Rádio Comercial do Luís Filipe Barros). Voltou para o Porto e conheceu e tocou em casa do Rui Veloso algumas vezes, antes deste ter gravado o “Ar de Rock”.Conheceu o grupo Pesquisa com o qual desenvolveu um projecto de os lançar no Mercado Nacional, como alternativa ao que se fazia no momento, tendo-se tornado o seu empresário. Virado para o ska conseguiram ,depois de pôr letras em português, ter faixas suficientes para o disco de lançamento dos “Táxi” – novo nome do Grupo e nome do 1º álbum. Co-produziu este disco com o António Pinho. Gravado Pelo José Fortes e bem publicitado pela Polygram chegou de imediato a nº 1.
Saiu de empresário dos Táxi e começou a fazer um programa de rádio diário na Rádio Clube de Matosinhos que durou não mais de 2 meses. De seguida fez um programa de televisão para a então RTP 2 chamado “Hoje Convidamos” onde pôde convidar quem
lhe apetecesse. Nesse programa entraram os Martinis (banda de que foi o fundador) nesta altura sem ele como vocalista . O Rui Veloso e o Carlos Tê, o Rui Azul e o seu grupo composto pelo Carlos Araújo, Álvaro Azevedo, e Rui Azul foram todos convidados do seu programa.
Com os Martinis fez digressões pelo País fora e gravou um single chamado “Mini-Saia”. Como músico no activo ainda fez parte dos Atlântico.
Começou, então, a dar sequência ao que já tinha feito com os Táxi. Arranjou uma audição para o João Loureiro dos Bananas (mais tarde BAN) em Lisboa. Falaram com a EMI – Valentim de Carvalho, tendo-se desligado do grupo a partir daí.
Aquando do programa de televisão “Chuva de Estrelas” ficou como empresário da Paula Sá e trabalharam e gravaram um single de apresentação.
De seguida tornou-se empresário de grupos como os Bad Legacy, Dr Fausto e Paupelino Sacrilégio, Minnemann Blues Band e Tsé-Tsé bandas de que faziam parte o Pedro Jervell (agora com os Fading Commission), o Miguel Araújo Jorge (agora com os Azeitonas) e o Passos agora freelancer com os Arab Music Ensemble (João Paulo Vitória e David Lacerda).
Está neste momento a trabalhar com dois nomes: os Fading Commission e a Jeanie Flowers cantora de folk americano, ambos em preparação e gravação de CD’s…
Ver http://nibito.blog.com
16 julho 2005
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1 comentário:
Caro Aristides:
Isto é que foi desenterrar história. De repente começo a ficar estupefacto, porque encontro fotos de músicos com quem toquei há milénios (Manuel Cardoso -Tantra; Filipe Mendes - Roxigénio; Aníbal Miranda - Pontapés de Baliza; Serjão -T.Comércio, etc,...) Mas se me quizer contactar, posso fornecer-lhe ainda + material e documentação da época, além das estórias.. O meu 1º "conjunto" foram os TEA, com o Rui Veloso! Eu andava com ele no liceu Garcia de Orta (Porto), isto em 73, depois fui par Lisboa e andei no Técnico c/ ... o Manuel Cardoso, e cheguei a fazer ensaios com os Tantra! Bom, mas a história disto tudo é longa, fica para um dia eu contar... Obrigado por guardar e manter registos do historial dos músicos e da música portuguesa. É importante que ela se faça, um dia. Mas contando tudo, sem excluir ninguém, como alguns tentam fazer. Um abraço.
http://registosautonomos.blogspot.com
ruiazul@portugalmail.com
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