19 abril 2005

BIOGRAFIA SÉTIMA LEGIÃO

Em 1982, três amigos resolvem formar uma banda. Eram eles : Rodrigo Leão ( Baixo), Pedro Oliveira ( Voz e Guitarra) e Nuno Cruz ( Bateria).
Começam a ensaiar e decidem chamar-se Sétima Legião ( que era o nome que da Legião romana que veio à Lusitânia).
Nesta altura a música da banda era muito influenciada pelos sons que vinham de Manchester , nomeadamente Echo And The Bunnymen e Joy Division. Concorrem à Grande Noite do Rock , mas não são classificados.
Susana Lopes ( Violoncelo) e Paulo Marinho ( Gaita de Foles) juntam-se ao colectivo , ao mesmo tempo que Francisco Menezes começa a escrever letras para as canções.
A banda chega a actuar com todos os elementos envergando gabardinas, como era usual nas bandas de Rock inglês , praticantes do som de Manchester.
A Fundação Atlântica ( editora discográfica de Pedro Ayres Magalhães, Ricardo Camacho e Miguel Esteves Cardoso) contrata a banda, em 1983, ano em que gravam o single “Glória” com letra de Miguel Esteves Cardoso. Este disco recebe grandes elogios da crítica , mas não obtém grandes favores da rádio e passa quase despercebido.
Susana Lopes abandona o projecto, ao mesmo tempo que entram em estúdio para gravar o novo disco: um LP que sairá em Julho de 1984 e se intitulará “ A Um Deus Desconhecido”, considerado ainda hoje um marco da nova música portuguesa.
Como a Fundação Atlântica fechou , a EMI , que fazia a distribuição das suas edições, contrata a banda para o seu próprio catálogo.
Ricardo Camacho ( futuro produtor de muitos discos e médico de profissão) junta-se à banda , ficando encarregado dos instrumentos de teclados, ao mesmo tempo que Rodrigo Leão começa a ensaiar com Pedro Ayres num novo projecto que ficaria conhecido como Madredeus.
O novo disco da banda só sairia em 1987 e intitulava-se “ Mar D’Outubro”. Continha os temas “ Sete Mares”, “Reconquista” e “Além- Tejo”. Este disco torna-se um grande sucesso , atingido o galardão de Disco de Prata e sendo o grande trampolim para a ribalta . à custa deste disco , a banda conseguiu fazer muitos concertos. Entre eles ,um no Castelo do Sabugal.
O colectivo já contava com novos elementos quando o disco foi gravado: Gabriel Gomes (Acordeão) e Paulo Abelho ( Percussões).
Em Novembro de 1989 é editado um novo LP da banda “ De Um Tempo Ausente” que conta com vários convidados, entre os quais Flak, Francis ( ex- Xutos e Pontapés), Luís Represas, Pedro Ayres e Teresa Salgueiro. Contendo os temas “ Por Quem Não Esqueci” e “Porto Santo” , este disco é , outra vez , um sucesso de vendas e de crítica.
Apenas em 1992, a banda regressa às edições com o novo disco “ O Fogo” que já não é muito bem recebido pela crítica e não obtém o desejado sucesso comercial.
Em 1993 actuam no Mega- Concerto “ Portugal Ao Vivo” no Estádio de Alvalade, onde gravam a quase totalidade do disco ao vivo “ Auto de Fé” que será editado em 1994, contando com a participação especial dos Gaiteiros de Lisboa ( de que Paulo Marinho era , também, um dos fundadores).
Rodrigo Leão afasta-se da banda, por não poder continuar nos Madredeus e nos Sétima Legião . Em Julho de 1996, o baixista Lúcio Vieira entra para a banda, substituindo Rodrigo Leão, nos espectáculos ao vivo.
Em 1998 , após se pensar que a banda tinha terminado, é editado o CD “ Sexto Sentido” , um disco muito diferente dos anteriores, onde a electrónica é dominante e os “samplers” de temas recolhidos por Michel Giacometti e Ernesto Veiga de Oliveira têm um destaque até aí nunca lhes dado por uma banda Pop em Portugal. Este disco, apesar das boas críticas( foi, inclusivamente , considerado um dos melhores desse ano nesta secção do jornal Nova Guarda), revela-se um verdadeiro “flop” comercial.
Em 2001 é editado “ O Melhor Da Sétima Legião” , um disco que faz a retrospectiva da banda e contém ainda dois temas inéditos.
Julga-se que a banda poderá regressar aos discos , mas o facto de Ricardo Camacho se ter dedicado a 100% à medicina e Rodrigo Leão manter o seu projecto a solo, poderão ser entraves a que isso aconteça proximamente.

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