05 abril 2005

BIOGRAFIA IODO

Os Iodo foram um dos casos efémeros daquilo que ficou conhecido como o "boom" do Rock português, nos anos 80. Tudo começo com o "Chico Fininho" do Rui Veloso que abriu a porta a muitos grupos que não quiseram deixar de aproveitar a oportunidade. As editoras discográficas aproveitaram-se (e bem) do fenómeno, tendo-o abandonado quando verificaram que já não tinha sucesso comercial.
Formados em Casal do Marco (Almada), os Iodo iniciaram-se nas lides musicais logo após o sucesso de Rui Veloso. Eram formados por Rui Madeira (voz), Jorge Trindade (guitarras), António Pedro (baixo), Alfredo Antunes(bateria) e Luís Cabral (teclas).
Com um som muito "new wave" , onde as teclas tinham grande predominância, lançaram-se à conquista do seu lugar ao sol.
Conseguem facilmente um contrato discográfico com a Vadeca ( uma subsidiária da Valentim de Carvalho) e lançam o seu primeiro trabalho discográfico, em 1981, o "single" "Malta à Porta" que se torna , rapidamente, um dos grandes temas do momento. No lado dois encontrava-se o tema "Aqueles Dias". Na capa havia uma fotografia da banda dentro do mar, tocando os seus instrumentos.
Este "single" esteve em primeiro lugar no Top do programa radiofónico "Rock Em Stock" , conduzido por Luís Filipe Barros. Conseguiu, ainda, o feito de estar 19 semanas no primeiro lugar do Top do programa da Rádio Comercial "Todos no Top" (TNT).
A partir daqui começam a tocar um pouco por todo o país. Juntam-se aos UHF, NZZN e Xutos & Pontapés e formam a empresa de "management" GRR (Grupos Rock Reunidos) , no sentido de serem melhor defendidos de alguns pouco escrupulosos empresários musicais.
Em 1982 lançam novo "single" intitulado "A Canção", com o lado B a ser ocupado por "Pedro e o Lobo".
Este novo trabalho discográfico já não consegue o sucesso esperado, apesar de ter entrado no Top do programa TNT, mas não esteve lá por muito tempo.
A banda muda de formação e para os lugares de António Pedro e Alfredo Antunes entram , respectivamente, José Luís Barros e Raul Alcobia.
Com este novo "line-up" gravam o álbum "Manicómio" que se revela um fracasso comercial. A crítica especializada também não gostou muito do álbum e ignorou-o .
Algumas das canções que faziam parte do disco eram: "Ceby", "Lendas", "Foz de Um Beijo", "As Novas das Tesouras Velhas", "Ventos do Além", "Expiração de Um Louco" e "Deixo-me ir?".
Após a gravação e edição do álbum e como o sucesso já era quase nenhum , a banda decide terminar as suas actividades, tendo cada um dos seus elementos seguido outras profissões.
Da grande vaga surgida com o "boom" iniciado por Rui Veloso( quando havia centenas de bandas a gravar e editar discos) só conseguiram vingar os UHF, GNR e Xutos & Pontapés , todos grupos contemporâneos dos Iodo, na aventura de fazer um Rock português.
Os Iodo não tiveram hipóteses de continuar esse caminho e tiveram que ficar pelo caminho. Tinham , no entanto, algumas coisas boas. Sobretudo a forma de nunca se armarem em "vedetas" e um bom vocalista.

3 comentários:

Unknown disse...

TUDO COMEÇOU COM OS UHF NÃO COM O RUI.
O IODO ERA UMA BANDA DO LARANJEIRO ALMADA,NÃO DO CASAL DO MARCO SEIXAL.O ANTONIO PEDRO ERA O GRANDE CRIATIVO DA BANDA,AINDA QUE COM PROBLEMAS DE ESQUIZOFRENIA.NÃO ADMIRA QUE...
POR VEZES AS COISAS RESULTAM COM AQUELAS PESSOAS NÃO COM OUTRAS.
ABRAÇO
ALFREDO A. EX IODO

Unknown disse...

JA AGORA. O JORGE TRINDADE SAIU DEPOIS DA GRAVAÇÃO DO MANICOMIO,ENTROU O RUI PADINHA E SAIU O RAUL ALCOBIA E ENTROU O LUIS DESIRAT.

QQ COISA.alfredoant@gmail.com

Anónimo disse...

Gostava imenso de perceber como se perdeu esta banda, egocentrismo? Eram mesmo á frente!