01 maio 2010

Uma foto dos MINAS & ARMADILHAS, no final dos anos 70 (do seu blog)

1 comentário:

Duarte Gomes disse...

A Mordaça

Tendo participado no Festival Angra Rock como convidado da banda RIP no ano 2007 e no ano seguinte tendo feito parte do júri do concurso o anúncio da não realização do festival este ano fez-me passar dos carretos.

Estão abafando somente um dos maiores festivais do género nos Açores que ombreia com outros festivais tais como o Optimus Alive, Festa do Avante e até mesmo Rock in Rio. Não estou exagerando. Basta perguntar aos entendidos nesta matéria. Coisa que os “putos” da Culturangra não percebem patavina.

Em vez de incentivarem a criatividade dos mais jovens metem-lhes uma mordaça. Não convêm ser criativo porque torna-se um problema. Caso dos “Stream”, por exemplo. A quem, a Culturangra, pediu uma quantia exorbitante para o aluguer da sala para a realização de um vídeo clip que correria o mundo. Mas se bem conheço alguns dos membros da banda a coisa não ficará por se fazer. Antes sozinhos que mal acompanhados. E muito mal acompanhados andamos nos últimos tempos. É aquela raça de “quequinhos” que já vem desde os tempos de escola.

Será que o Festival não gera receitas!?

As receitas directas, que embora não cubram as despesas, vêm dos patrocínios de uma marca de cerveja, de uma transportadora aérea e dos espaços que são pagos para exploração comercial durante o festival e respectivas licenças. Depois temos tudo o resto. A cidade, durante estes dias, deixa de ser uma cidade fantasma, os espaços de convívio tem mais gente, os hotéis também. Representa pouco? Sim, mas é melhor que nada.

Pela lógica o “Angrajazz” também irá sofrer cortes substanciais nos apoios camarários, certo?

Já sei a resposta. Não!

Alguém no seu perfeito juízo acha que as contas das Sanjoaninhas são reais? TANGA! Vai dar prejuízo. Essas contas foram tirar uns euros daqui e colocar acolá. Receitas previstas? Extras? Mas que raio são extras? Demonstra bem as contas que se fazem para os lados da Canada Nova (Culturangra).

O que estão a fazer de Angra do Heroísmo, nossa cidade, é deixar às futuras gerações um grande e vazio NADA.

Apelo a todas as pessoas do meio musical, incluído os “queques”, às bandas de garagem, aos DJ’s, músicos profissionais e amadores e músicos de chuveiro onde me incluo não deixemos este “estado de sítio de emergência cultural” continuar. Estão a tentar “domesticar-nos”.

No dia da entrega de prémios, e se essa gente ousar em aparecer, apupem e façam barulho.

Duarte Gomes