30 março 2005

BIOGRAFIA KAMASUTRA

Formado por Pedro Taveira (bateria), Rui Pipas (guitarra - que faleceria pouco depois num acidente de viação e é homenageado por Júlio Pereira no disco " Fernandinho Vai Ao Vinho"), Gino Guerreiro (baixo) e Barata (vozes), o grupo Kama-Sutra cotou-se durante muito tempo como um dos melhores grupos de Rock Português. Estes elementos já tinham passado, antes, por formações como os Pentágono, Albatroz, Beatnicks e Ogiva.
O seu estilo estava próximo do Hard-Rock, com umas pinceladas de Rock Progressivo e sequências acústicas.
Começaram por tocar versões de temas de grupos anglo-americanos (Gentle Giant, Yes, Jethro Tull, etc), mas depressa evoluíram e criaram o seu próprio reportório de temas originais.
Em 1972 participam no III Festival Musical da Juventude, em Almada, realizando uma excelente "performance" e, no ano seguinte voltam a participar na IV Edição do mesmo Festival; juntamente com os portugueses Heavy Band (onde pontificava Filipe Mendes, futuro Roxigénio) e os ingleses Atomic Rooster.
Zé da Cadela, um baterista de renome no meio musical português (tocou com quase meio mundo artístico português dos pioneiros do Jazz aos UHF) entra para a banda, substituindo Pedro Taveira. Zé Cancela, em teclas e Jaime, em guitarra, são os novos elementos da formação. Muito por causa da inclusão do órgão, o som do grupo torna-se mais denso e mais próximo do estilo que procuravam.
A banda entra no circuito habitual, em Portugal, para os grupos do seu género, e toca em vários locais do país em Bailes de Finalistas.
A desmotivação e a apatia começam a apoderar-se dos elementos da banda. Estamos numa época em que o "boom" do Rock Português ainda não tinha visto a luz do dia. As editoras discográficas não apostavam na chamada música Yé Yé e não havia a mediatização da música Rock. Os músicos faziam-se transportar em carrinhas, onde vinha, também, a aparelhagem sonora (imagine-se o tipo de decibéis que tais aparelhagens conseguiam transmitir e compare-se com um grupo que anima arraiais, hoje em dia. Na época o que tinham já fazia barulho a mais para muito boa gente e hoje, com 7 ou 8 vezes mais aparelhos de som, há quem se queixe que não se ouve nada...).
Os Kama-Sutra dão por encerradas as suas actividades, sem que tivessem deixado algum registo sonoro para a posterioridade.
Barata é hoje membro da Ronda dos Quatro Caminhos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Boas!
Sou um grande fan do rock de 70's portugues (e 80s) adorava ouvir algo dos KAMA SUTRA mesmo que fosse uma gravaçao ao vivo com mau som ou um ensaio. Sou fascinado pela cena portuguesa especialmente da primeira metade de 70's de onde ha pouca informação. Se me puder ajudar agradecia imenso!
Estou tambem ha algum tempo a fazer um levantamento de rock pesado de 70s e 80s nacional com todas as bandas que gravaram e/ou que tocaram ao vivo no seu periodo de existencia mesmo nao tendo um registo gravado. O trabalho tem sido feito lentamente mas para 2010 será finalmente publicado. Agradecia uma ajuda em relaçao aos Kama Sutra gostava de lhe fazer umas perguntas. Envio o meu email: neonrecords@hotmail.com

ARISTIDES DUARTE disse...

https://www.youtube.com/watch?v=n-zsl2BJZ4k&feature=youtu.be&fbclid=IwAR0ygUzZIahwtTEV_pNWE-8Se4u91esP_ELWzXF9DOJu9hPiORFbXQFLvUU

Aqui há uma gravação dos Kama Sutra

M Mota disse...

Ola! Eu tive uma banda na Covilhã em 1972-73 chamada Kama Sutra com o Tui Campos na bateria; o Tui era muito amigo do Rui Pipas de modo que atendendo a maior notariedade da banda do Rui, mudamos o nome para Quid Júris aqui já com um grande teclista de então, o Fernando Couto. Manuel Mota